Depois de perder força e subir 0,59% no mês de maio, a prévia da inflação oficial de preços voltou a acelerar e saltou 0,69% em junho. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a variação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) passou a acumular alta de 5,65% em 2022 e de 12,04% nos últimos 12 meses, patamar três vezes superior à meta estabelecida pelo governo para este ano.
Diante da recente aceleração dos preços, o Banco Central (BC) já admite que os índices oficiais de preços vão superar meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CVM) para a inflação em 2022, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%), pelo segundo ano consecutivo.
No período da pesquisa, a maior influência da inflação partiu dos preços dos planos de saúde, que subiu 2,99%. que sofreram reajuste de até 15,5% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio, com vigência a partir de maio de 2022.
Luta pela meta
Os resultados dos índices de preço motivaram a taxa básica de juros ao maior patamar desde 2016. De acordo com a autoridade monetária, o ciclo de alta da taxa Selic deve persistir em agosto e os juros continuarão elevados por um período “para o redor da meta no horizonte relevante”.
As decisões recentes levam em conta que a taxa Selic é a principal ferramenta monetária para combater a inflação, já que os juros mais altos encarecem o crédito e reduzem a disposição para consumir, o que tende a puxar os preços para baixo em uma ação para equilibrar a oferta e a demanda pelos bens e serviços disponíveis na economia.
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