Uma vigilante escolar de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, viveu momentos de desespero ao ser picada por uma cobra-coral verdadeira enquanto chegava para trabalhar em uma creche. Com medo de que o animal atacasse as crianças, a mulher tentou afastá-lo, mas, sem sucesso, acabou mordendo a serpente.
O acidente aconteceu na manhã de sexta-feira (07), quando a vigilante, de chinelo, pisou acidentalmente no réptil, que a atingiu no dedão do pé. Após ser picada, tentou acertar a cobra com pedras e sua bicicleta, mas sem êxito. Em pânico, mordeu o animal e enviou um vídeo ao chefe relatando a situação.
Ao perceber os sintomas do veneno – como visão turva e náuseas –, a mulher seguiu de bicicleta até um posto de saúde. No caminho, seu estado se agravou, sua saturação caiu, e ela precisou ser entubada. A vigilante foi internada em estado grave, mas recebeu alta hospitalar. No entanto, ainda enfrenta sequelas, como câimbras e dificuldades na fala.
O biólogo Gilberto Duwe reforçou a importância de não manusear cobras e alertou que a coral-verdadeira, apesar de possuir um dos venenos mais potentes do Brasil, raramente ataca e prefere fugir quando ameaçada. Ele também lembrou que matar animais silvestres é crime ambiental.
Comentários: